"Quando se azula o rio e brilha"
Porto
Alameda das Fontainhas
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Varandas
É na varanda que os poemas emergem
Quando se azula o rio e brilha
O verde-escuro do cipreste — quando
Sobre as águas se recorta a branca escultura
Quasi oriental quasi marinha
Da torre aérea e branca
E a manhã toda aberta
Se torna irisada e divina
E sobre a página do caderno o poema se alinha
Noutra varanda assim num Setembro de outrora
Que em mil estátuas e roo azul se prolongava
Amei a ida como coisa sagrada
E a juventude me foi eternidade
Sophia de Mello Breyner Andresen
Alameda das Fontainhas
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Varandas
É na varanda que os poemas emergem
Quando se azula o rio e brilha
O verde-escuro do cipreste — quando
Sobre as águas se recorta a branca escultura
Quasi oriental quasi marinha
Da torre aérea e branca
E a manhã toda aberta
Se torna irisada e divina
E sobre a página do caderno o poema se alinha
Noutra varanda assim num Setembro de outrora
Que em mil estátuas e roo azul se prolongava
Amei a ida como coisa sagrada
E a juventude me foi eternidade
Sophia de Mello Breyner Andresen
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